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Quem é o nosso maior inimigo?

  • Foto do escritor: Rosane Abude
    Rosane Abude
  • 30 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 30 de ago. de 2022

Já há alguns anos que estamos vivendo uma era de grandes transformações, nunca vista antes na história da humanidade.


O uso da tecnologia da computação é o grande maestro dessas mudanças tão geometricamente crescentes. Notamos avanços em várias áreas: financeira, logística, empresarial, relações humanas, educação, etc...


Quem diria que há 10 anos atrás faríamos todas as nossas transações bancárias pelo celular? Que existiriam bancos 100% digitais? Eu não lembro a última vez que fui a uma agência. E só de pensar nessa possibilidade, sinto preguiça monstra.


Por algum instante, em seu momento de maior criatividade, você imaginou que o seu celular poderia te levar a caminhos desconhecidos e ainda te desviando de trânsito pesado? Não é a uma maravilha dos céus?


Não é espetacular comprar qualquer produto e serviço sem sair de casa? Imagine a economia e a preservação de recursos naturais que essa nova forma de comercialização nos traz?


Ou que teríamos os nossos amigos e conhecidos na palma das nossas mãos? Por onde podemos acompanhar a sua trajetória, ficar feliz com as suas vitórias ou consolá-los em seus momentos difíceis.


Pensar que nós e as nossas crianças faríamos uma infinidade de cursos, com professores e colegas espalhados pelo mundo, em uma telinha do computador ou celular. Eu tenho tido a oportunidade de interagir com pessoas, que sem a tecnologia, muito provavelmente nunca conheceria. E que pena seria não conhecê-las, não é? Em apenas alguns meses, tenho alunos queridos que moram em várias partes do nosso lindo planeta.


Pois bem, a notícia desafiadora é que essas transformações chegarão cada vez mais rápidas, afetando a todos nós, independente da idade, raça, crença, poder aquisitivo ou lugar que viva nesse mundão de meu Deus. É desafiadora, porque precisaremos nos adaptar com a mesma velocidade, se a gente quiser aproveitar todas as oportunidades e facilidades que virão junto.


Por outro lado, está acontecendo nos bastidores algo muito mais valioso e poderoso neste momento do que as maravilhas da tecnologia e seus aplicativos.


O mais valioso e poderoso é que tudo isso está nos forçando a sair da nossa zona de conforto. Fazendo todos nós corrermos atrás de conhecimento, pensar e agir de forma mais criativa e superar nossos limites. E essa pandemia nos mostrou isso de forma muito intensa e clara. Isso gera um poder autotransformador gigante.


Sabemos que as espécies, seja animal ou vegetal, com maior poder de adaptação são as que sobrevivem aos ambientes mais hostis e se perpetuam durante milhões de anos, por conta dessa habilidade.


Na minha visão, para sobrevivermos a todas essas mudanças, precisaremos enfrentar dois inimigos íntimos: nossas crenças limitantes e a resistência à mudança.


Minha querida mãe, por ter sido professora, tinha um jeito único e lúdico de educar. Ela não perdia uma oportunidade para nos ensinar algo. Em uma época de muita chuva e vento em Salvador, de repente ela pára em frente à praia e diz: “Filha, está vendo o quanto aquele coqueiro é flexível, o quanto ele se curva para o vento forte passar?


Podemos achar que ele seja fraco, porque a força do vento o faz curvar. Outra forma de ver é que a flexibilidade do seu tronco o faz sobreviver às tempestades que passam por ele. E quando passam, ele volta a se reerguer e fazer o que mais sabe: produzir deliciosos cocos. Não é de se admirar que tenhamos tantos coqueiros na beira mar e nenhuma outra espécie com troncos maiores e mais "fortes”, como o Jacarandá. Então, quando a tempestade chegar, lembre da flexibilidade do coqueiro e ache um jeito de sair da tempestade mais forte do que antes.”


Minha recomendação é: não resista à mudança. Quando se pegar resistindo, lembre da história do coqueiro.


De que adianta resistir a algo, que independente da nossa vontade, vai chegar?? O que dói menos, enfrentar uma onda no peito ou mergulhar e deixá-la passar? Não há nada mais gratificante do que acordar e saber que hoje iremos aprender algo novo, que ontem eu superei um grande desafio. O mestre Yogananda ensinava: “Todos os dias escolha um desafio, comece do mais fácil para o mais difícil. E assim vencerá todos os desafios que a vida lhe trouxer.”


Quantas vezes nos pegamos afirmando que não somos capazes ou que já passamos da idade ou não temos talento ou inteligência suficiente, tenho tal doença incapacitante, etc..., alimentado-nos com essas crenças autolimitantes.


Nós somos o que acreditamos ser. A maioria das pessoas de sucesso, e entendam o sucesso como quiserem, batalhou e errou muito até acertar. O que há em comum entre elas é acreditarem que tudo é possível e não desistirem tão fácil.


Yogananda também dizia: “Um santo foi um pecador que nunca desistiu de si mesmo.”


Estar consciente de que o nosso maior inimigo não está fora e sim dentro de nós, é o maior e mais importante passo para dançar nas tempestades que aparecerem em nossas vidas.


Jai minha divina mãe, Jai Guru!

1 Comment


Jafeth Silva
Jafeth Silva
Nov 30, 2020

Gostei do artigo. Porém o que mais me tocou foram a inteligente lição da inesquecível Diva, de cujo texto destaquei: "Quando a tempestade chegar, lembre da flexibilidade do coqueiro e ache um jeito de sair da tempestade mais forte do que antes" e estas lições: "Suas atitude falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz". É o que meu ego consegue captar. Desculpe se não fui inteligível. Seu Pai.

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